Entre o bar e o palco

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O mineiro Helton Altman fez de duas paixões, a música e a boemia, seu modo de vida. Aqui na Vila Madalena, ele é conhecido pela música e pelos botecos que tem em sociedade com os irmãos e um amigo: Filial, Genial e Genésio.
A paixão pela música brasileira vem da adolescência. “Meu pai, quando chegava do trabalho, ouvia Orlando Silva, Emilinha Borba e outros bambas”, conta. Ouviu pouco de The Beatles e outros sucessos da época (nasceu em 1960). Muitas vezes, lembra que passava os domingos conversando sobre música em vez de ir atrás das meninas.
Queria ser músico. Tocava cavaquinho e o irmão Ronen, bandolim. As críticas do irmão menor o levaram a abandonar o instrumento e ficar apenas como ouvinte. “Foi melhor, detesto a mediocridade!”, resume assim sua curta carreira de músico.
Cursou economia por dois anos, mas os números e as estatísticas o desanimaram e ele deixou a faculdade. Nessa mesma época, participava do Clube do Choro, que reunia músicos e aficionados em animadas noitadas. Como o clube corria risco de acabar por falta de lugar, resolveu abrir um bar para ser sede e ao mesmo tempo gerar renda para custear seu curso na faculdade. Surgiu assim o Bar e Clube do Choro na Rua João Moura, 763, que existiu por 16 anos. “O sucesso foi tão grande que na primeira semana a rua ficou fechada de tanta gente”, conta com entusiasmo.
O êxito do clube e do bar o levou a produzir outros shows de choro pela cidade. Dava início a sua carreira de produtor musical e de dono de bar. Hoje, ele se diz um criador de projetos musicais. “Crio, dirijo e faço a produção”. Fez por 4 anos o Boteco do Cabral e outros projetos. Contabiliza, desde então, mais de 3 mil shows. Teve também o bar Vou Vivendo, que marcou época na cidade.
Como empresário, começou com o convite da cantora Maria Rita. Depois, vieram outros. Hoje, conduz a carreira da cantora e compositora Gianna Viscardi, da Joyce e do grupo Gafieira São Paulo. O grupo lança neste mês seu primeiro CD, e tem um dos seus filhos na formação. “Não queria que ele seguisse essa carreira que é difícil e exige sorte, mas ele seguiu em frente”.
Diz que, quando abriu o Filial, a Vila não tinha muitas opções. “Criamos o bar que queríamos ter. E depois vieram os outros com a mesma ideia”. E os prêmios que têm recebido provam que estão no caminho certo.

 

 

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