Alegria de comer

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Já tem um tempo que pais, professores e a sociedade em geral vêm discutindo a qualidade das refeições que seus filhos comem. Até aonde vai a responsabilidade de cada um? Os pais é que devem proporcionar uma alimentação balanceada ou é a escola, onde eles costumam ficar a maior parte do tempo? A verdade é que todos devem estar envolvidos nessa questão, sem culpar um ou outro, uma vez que na infância a criança aprende bons princípios de tudo, inclusive de hábitos alimentares.
Percebendo a importância do assunto, Izinabel de Oliveira Moreira, psicopedagoga e proprietária de escola infantil Modelo Madalena, decidiu desenvolver um trabalho de educação nutricional junto de seus alunos. “Acho que as pessoas desacreditam no potencial que as crianças pequenas têm, mas eu acredito que é de pequeno que se monta a estrutura do ser humano”, diz ela, que tem uma visão a longo prazo da educação que oferece em sua escola.
Nutrição
Depois de muita pesquisa e procura, Izinabel iniciou, este ano, o trabalho com a nutricionista Patrícia Rios. “A proposta é formar hábitos alimentares saudáveis nas crianças desde pequenas”, revela Patrícia, que dá aulas teóricas e práticas para as crianças de dois até seis anos. Segundo ela, tudo começa com uma contação de histórias e, através de estratégias motivadoras, eles vão vamos manipulando alimentos.
Patrícia dá aulas semanais para várias turmas e, com cada uma delas, desenvolve várias atividades diferentes. “Uma vez eles tiveram que vendar os olhos, apalpar e cheirar para adivinhar que alimentos eles estavam trabalhando”, conta ela. E é impressionante como as crianças participam da aula. “Quando fazem a pizzinha, por exemplo, eles têm interesse de provar”, garante ela.
Mas como fica a família nesse momento, principalmente se ela tem hábitos muito diferentes dos desenvolvidos e ensinados na escola? Patrícia revela que, pensando nisto, também trabalha com a família. “Porque, ao se trabalhar somente com as crianças, pode gerar confusão na cabecinha deles”, avalia. Assim são realizadas reuniões bimestrais com os pais e quase toda semana a nutricionista envia uma circular, indicando o que está trabalhando: “Se dou cereais, por exemplo, falo da importância do café-da-manhã. Passo essa informação para os pais e também as receitas que faço com eles”.
Izinabel diz que a receptividade dos pais tem sido muito boa: “Nas reuniões as mães nos parabenizam”, diz ela, orgulhosa do trabalho desenvolvido na escola Modelo Madalena.

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