O crack chegou a Cacha-Prego

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Em primeiro lugar, a cidade existe e não é propriamente o fim do mundo. Ao contrário, é um gostoso vilarejo, onde passei belos dias da minha juventude, na ilha de Itaparica, BA. Mas para efeito de discussão sobre a questão das drogas, recupero o sentido que se dá à cidade como sendo o último dos últimos municípios do mundo: “Me mandou lá pra Cacha-Prego”.
Pois é, até lá já chegou o crack para romper as relações pacíficas entre seus moradores das quais fui testemunha em um tempo não tão distante. Portanto, não é eficaz a política de drogas realizada no País, vez que o fenômeno se expandiu por todo o território nacional, gerando a necessidade de reestudarmos o tema. E a pergunta se põe com pertinência: será pior que o alcoolismo? Não. A extensão social da dependência alcoólica é da maior gravidade, e não temos nenhuma ação concreta para esse flagelo.
Recentemente, temos visto, aqui e ali, disposição para discussão. No Supremo Tribunal Federal, vimos esses dias a liberação da marcha da maconha, que inclusive em São Paulo transcorreu com absoluta civilidade. A rapaziada queria apenas discutir um programa sobre drogas, naturalmente com o seu ponto de vista expresso de liberação do consumo da erva.
Passamos muito tempo agindo com preconceito. É hora de ouvir a sociedade para negociarmos uma política efetiva. Ampla. E se você continua com dificuldades no tema, me conforta ter produzido uma outra visão de Cacha-Prego.

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