São quatro nomes que têm muito da identidade do bairro. Eles moram por aqui. Atuam em campos como cultura, urbanismo, negócios, bares e com sua visão futurista trouxeram primeiro para a Vila e depois a cidade replicou, ideias e conceitos de uma região da cidade que sempre se reinventa.
Gilberto Dimenstein. O jornalista da Vila Madalena é daquelas pessoas que faz uso das mais diversas mídias para apresentar as boas ideias que surgem aqui no bairro ou denunciar algum desmando. O mais conhecido é o projeto Cidade Escola Aprendiz (R. Padre João Gonçalves, 152) surgido em 1997. Através da educação, “o Aprendiz contribui para o desenvolvimento dos sujeitos e suas comunidades por meio da promoção de experiências e políticas públicas orientadas por uma perspectiva integral da educação. Estruturada em programas que atuam em diversas cidades do país, a Cidade Escola Aprendiz pesquisa e desenvolve conteúdos metodológicos, dissemina experiências, realiza formações para gestores, educadores e lideranças sociais, e contribui para a modelagem e implementação de políticas públicas de educação e direitos humanos”. Outras iniciativas que tem Dimenstein é o site Catraca Livre e o Armazém da Cidade (R. Medeiros de Albuquerque, 270) espaço que funciona nos finais de semana dedicado ao consumo criativo, promoção de debates sobre temas contemporâneos e conta com programação culturais.
Nabil Bonduki. Arquiteto, urbanista, professor universitário, pesquisador e consultor em políticas urbanas e professor da FAU/USP. Nabil é autor de diversos livros e artigos publicados em jornais e revistas. Recebeu o Prêmio Jabuti em 2015 na categoria arquitetura, urbanismo, artes e fotografia. Politicamente ligado ao PT (Partido dos Trabalhadores), foi eleito vereador da cidade em duas ocasiões, sendo que na legislatura do período de 2013-2016, foi o relator e autor do Substitutivo do Plano Diretor Estratégico de São Paulo. Como vereador é autor da lei da obrigatoriedade inclusão de produtos orgânicos na alimentação escolar e da isenção de IPTU para teatros e cinemas instalados em edifícios junto à rua. Foi secretário da cultura do governo do prefeito Fernando Haddad. Tem participação com a Casa da Cidade (R. Rodésia, 398) espaço aberto para discussão de temas urbanos.
Flávio Pires. Nascido e criado na Vila Madalena, Flavinho é daqueles empresários que acreditam no potencial da Vila Madalena. Juntamente com o irmão Mauro, criaram uma série de bares e restaurantes que se transformaram em referência na região: Quitandinha Vila Madalena, Nina, Seu Domingos e Na Quebrada, o mais novo entre os quatro bares que ocupam uma das esquinas mais agitadas da Vila Madalena, entre as Ruas Aspicuelta e Fidalga. Também investiu em lojas de roupas e outros ramos de negócio com igual êxito.
Helton Altman. Os irmãos Helton, Arnaldo, Ronaldo e Ronen Altman e o sócio Ricardo Freire são pródigos em inventar bares na Vila Madalena: Filial, Genial e Genésio. Cada um dos bares tem sua própria identidade e contam com clientela fiel e cativa, formada por jornalistas, artistas plásticos, como Paulo Caruso, músicos como o maestro Láercio de Freitas, Herminio Bello de Carvalho. Em um dos três endereços, os clientes encontram a bebida predileta ou saciam a fome com os pratos e quitutes criados pela chef Elenice Altman, esposa do Helton. Produtor musical de nomes conhecidos como as cantoras Maria Rita e Joyce. Helton teve na região os bares Clube do Choro e posteriormente o Vou Vivendo, um reduto de grandes músicos antes de inaugurar sua trinca de bares. “Criamos o bar que queríamos ter”, resume Helton sobre os bares que eles criaram.