“Que os ventos de setembro sejam mais fortes e tragam serenidade, sem necessidade de mais violência e perplexidade. Que venham as boas notícias.”
Agosto de 2013. Os mais supersticiosos perderam o sono ao ver pela frente a conjunção dos ventos de agosto com a má sorte trazida pelo 13º ano deste século. Tremeram ao pensar na dimensão do estrago do encontro do oitavo mês do ano, cercado de mitologia, com o mais temido dos números, que só traz boa sorte pro Zagallo. Por favor, não entendam isso como uma indireta ao partido que carrega esse número nas urnas…
Quem sentiu o mau agouro do mês do cachorro louco não foi só Antônio Patriota, ou então os médicos cubanos. Para o Congresso Nacional, foi um mês a ser esquecido. Não dá pra negar a vergonha de sair nas ruas, como deputado eleito, depois de grande parte dos meus pares votarem pela manutenção do mandato de um parlamentar condenado e preso, revoltando a população e manchando o já tão desgastado poder legislativo. A esperança é que, passado agosto, o descalabro do voto secreto tenha um fim definitivo.
Nos noticiários, tivemos que conviver com imagens terríveis, cenas de guerra que pensávamos ser parte de um passado no qual éramos menos civilizados. Se em agosto de 1914 se iniciaram os confrontos da Primeira Guerra Mundial e em agosto de 1945 foi lançada a primeira bomba atômica, agosto de 2013 foi marcado pela tenebrosa realidade do uso de armas químicas na Síria, e pelo absurdo de termos que ouvir falar em uma Terceira Guerra Mundial.
Os nascidos nesse famigerado mês não me levem a mal, mas ainda bem que agosto passou. Que os ventos de setembro sejam mais fortes e tragam serenidade, sem necessidade de mais violência e perplexidade. Que venham as boas notícias. O 4 a 0 que o Corinthians emplacou no Flamengo já foi um bom começo.