Jazz na veia

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Jazz na veia

Músico da Vila Madalena conta sua trajetória profissional e revela como os seus genes influenciaram nas escolhas que fez até agora.
Designer gráfico por formação e músico por paixão, Tony Robson hoje divide sua rotina entre os livros didáticos que ilustra e suas apresentações noturnas no famoso Bar Brahma, localizado na região central de São Paulo. Lá, o músico toca banjo, violão, contrabaixo e washboard com outros três instrumentistas da banda Riverboat´s Jazz, de quarta-feira a sábado, das 20h30 às 23h30.
Tony conta que seu amor pelo jazz tradicional surgiu no final da década de 1960, época em que conheceu a Traditional Jazz Band e começou a frequentar os bares onde a banda se apresentava. “Eu já sabia tocar violão, mas foi o Tito Martino (fundador da Traditional) que ensinou meus primeiros acordes no banjo”, revela.
Depois ele tocou com músicos profissionais em alguns bares de São Paulo, até resolver morar fora do Brasil. “Vendi tudo e fui para a Itália. Pretendia ficar três anos, mais fiquei 13!”Em Firenze, Tony conheceu uma francesa e, junto com um brasileiro, formaram uma banda e começaram a tocar bossa nova. Nessa época, gravaram uma fita intitulada “Águas Claras”. Mais tarde, mudou-se para Viena e formou um novo grupo com três mulheres, uma delas brasileira, desta vez para tocar MPB. Com esse grupo gravou outra fita nomeada de “Brasil Pandeiro”.
Ao voltar para o Brasil em 1993, o músico abriu um estúdio de arte e participou de produções de alguns CDs com a Traditional Jazz Band. Em 2011, fez uma nova viagem, dessa vez para a Arábia e com uma trupe de circo. 
Seu bisavô tocava para os amigos no começo do século XX e seu avô, o Sorocabinha, fez sucesso nos anos de 1930 junto com Mandi, seu companheiro na viola sertaneja. Em homenagem ao avô, Tony e a mãe publicaram em 2011 o livro “Sorocabinha, a raiz da música sertaneja”.
Nascido e criado na Vila, onde está hoje, Tony tem novos objetivos: “Um de meus desejos é lançar um CD com a Riverboat’s Jazz. O outro, que é mais antigo, é tocar em New Orleans, berço do jazz”, finaliza.

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