Kátia Gomes
Em tempos de e-mail, messenger, Orkut e celulares enviar uma mensagem tornou-se fácil, rápido e conveniente. Por outro lado, é algo bastante impessoal e sem estilo. Escrever um convite de próprio punho pode parecer antiquado, mas especialistas em etiqueta social acreditam no poder da boa impressão com este tipo de comunicação.
De acordo com Maria Angela Bufara, idealizadora da Paperview, empresa de papelaria personalizada, mesmo vivendo em tempos do virtual e do eletrônico, o bom e velho cartão é a expressão visual da nossa identidade. “Essa facilidade de comunicação que não precisa sair de casa produz um efeito contrário na comunicação pessoal: ao vivo, as pessoas perderam a prática de como se faz”, observa. “A arte do convívio era dominada pela geração dos nossos avós, justamente pelo fato de que na falta de telefones e e-mails as pessoas acabavam se visitando com mais freqüencia e sabiam conversar. Coisa que hoje, por incrível que pareça, pode não ser tão fácil para os mais jovens”.
Boa educação
Maria Angela conta que sempre teve o hábito de mandar convites e cartões de agradecimento, mas percebia que não era uma atitude comum entre todas as camadas sociais pelo alto custo da papelaria. Foi aí que resolveu investir nessa área e criar, ao lado da designer gráfico Karina Leite, uma linha de papelaria que resgata, digamos, a boa educação.
As duas acreditam que cada pessoa deva ter sua papelaria personalizada para cada ocasião, criando sua própria marca. Assim como roupas e sapatos, a papelaria pessoal reflete seu estilo e jeito de ser. Elas explicam, por exemplo, que há inúmeras oportunidades para dizer “muito obrigado”. “Frequentemente um agradecimento verbal é suficiente, porém uma nota de agradecimento de próprio punho mostra que você realmente apreciou o que alguém fez ou disse e assim torna a convivência entre as pessoas mais agradável”.
O uso de cartões é irrestrito e há vários modelos: duplos com dobra do meio, personalizado com nome na frente são usados para recados, felicitações, pedidos de desculpas, agradecimentos, etc. Os de planos ou de correspondência, tem a mesma função do primeiro, porém são mais informais; kids, linha criada para estimular as crianças a criar o hábito de agradecer por escrito; calling card, cartões parecidos com os de visita para serem usados no convívio social. Ja os convites tem uma linha que inclui uma arte especial para cada situação: chá de cozinha, Bar e BatMitzvá, aniversário, coquetel , etc. Há cartões para comunicado de novo endereço, place cards, cartão colocado sobre a mesa para identificar o lugar do seu convidado e linha baby, nascimento, chá de bebê, batizado, Brit Milá e Simchat Bat.
As idealizadoras da papelaria pessoal também sugerem a linha de gifts e presentes, para quem quer presentear de maneira original com um kit de cartões personalizados.”A pessoa presenteada sente-se lisonjeada com a demonstração de carinho e de preocupação”.
Maria Angela e Karina escolheram a Papelaria do Tio para ser o ponto de venda da Paperview. “Há vários modelos prontos disponíveis no display da loja. Os personalizados levam de três a cinco dias úteis para ficarem prontos e têm preço mais acessível do que as gráficas convencionais e com qualidade superior”, garante a proprietária da Papelaria do Tio, Angelina Moraes. Mudar de hábito pode ser uma atraente estratégia de marketing pessoal. Experimente e se diferencie!
