O garçom nosso de todo dia

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Elemento fundamental em qualquer bar ou restaurante em qualquer parte do mundo, o garçom comemora, no próximo dia 11, o seu dia. Merecidamente.
Na Vila Madalena, com seus bares e restaurantes para todos os gostos e bolsos, fomos conhecer um pouco da vida de três deles: Christian Costa, do Jacaré Grill, Pelé, do Piratininga Bar, e Dunga, do Bar das Empanadas. Três profissionais com muitos anos de serviço e em comum, além da profissão, simpatia, dedicação e o gostar do que fazem.
Christian Costa é paulistano, foi criado, cresceu e morou por muitos anos aqui na Vila Madalena. Entrou na profissão meio por acaso. “Conheço o Jacaré desde a infância, estudamos juntos no antigo Guanabara. Era cliente e acabei sendo convidado para trabalhar aqui. E lá se vão 15 anos”. Destaca a amizade com os clientes mais antigos como um dos pontos positivos do trabalho. Por outro lado, lamenta: “Os clientes que são grosseiros e mal-educados, felizmente, são poucos!”. Ex-skatista, agora reserva o tempo livre para curtir o segundo filho que chegou dez meses atrás!
Como Paulino Souza Santos poucos o conhecem. Mas se alguém procurar por Pelé, todos sabem de quem se trata. O simpático baiano de Vitória da Conquista chegou a São Paulo há 17 anos e logo arrumou emprego no Piratininga. Começou como faxineiro, depois cumim e é garçom desde 1992. “Pelo tempo que estou aqui, conheço alguns clientes tão bem como se fossem da família”. Nesta profissão diz que é importante deixar o cliente à vontade e “se o cliente estiver errado, é ter jogo de cintura, e nunca estressar”. Tem no colete mais de uma centena de botons e pins que os clientes o presentearam durante todos esses anos.
Francisco Vanderley da Silva, o Dunga, do Empanadas, quando não está correndo pelas mesas servindo aos clientes, está correndo pelas ruas da cidade, se preparando para mais uma maratona – de Berlim, de Buenos Aires, da Disney – ou para uma corrida de rua, como as várias São Silvestre que participou. Pernambucano de Pesqueira, veio para São Paulo e logo entrou para o Empanadas. Lavou copos, ajudou na cozinha e há oito anos está como garçom. É outro que gosta da convivência com os clientes. “É um aprendizado diário”, diz. Com os clientes que bebem mais do que a conta, usa a seguinte fórmula: “Cliente conhecido, dou atenção e escuto, e com os outros faço meu trabalho. Felizmente, a maioria é gente boa”, diz com simpatia a caminho de outra mesa para atender.

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