Além de um café

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Na rua Fradique Coutinho, esquina com a rua Purpurina, existe um lugarzinho bem aconchegante, criativo e discreto aos olhos mais desavisados. No Clube Café encontram-se as artes, o artesanato e a gastronomia. Foi idealizado para ser um espaço de convívio, harmonia e troca de idéias.
Os proprietários Flammarion Vieira, designer, e Marcelo Pimenta, jornalista, passaram quatro meses até finalizarem o Clube Café, que funciona efetivamente desde janeiro de 2006. Eles explicam que o lugar foi baseado em conceitos de sustentabilidade ambiental. O ambiente foi decorado com lustres e vitrais feitos de garrafa, tampos de mesa construídos com placas de sinalização de trânsito além de portas e janelas de demolição encontradas em containeres. Para eles, o fundamento do negócio é a diversão aliada à preservação da natureza. “É meio que fazer com as próprias mãos a chamada ‘responsabilidade social’, transformando objetos desprezados em utilitários, diminuindo o consumo de produtos novos”, afirmam.
Seguindo esta filosofia, em maio, pretendem abrir no andar superior do café, uma loja de customização. “Não será apenas destinada a roupas. O cliente poderá trazer qualquer objeto para dar uma cara nova”, explicam.
E não são apenas os sócios que mostram sua criatividade no Clube Café. Artistas de diferentes segmentos, profissionais ou amadores, podem dar sua canja no espaço. Músicos que quiserem dar uma demonstração do trabalho é só chegar. Artistas plásticos e pintores têm murais em branco para utilizarem suas matizes e deixar em exposição ou à venda.
Atividades não-artísticas também têm vez. Um exemplo do que é possível aconteceu dia 27 de janeiro, quando estiveram presentes no Clube Café cerca de 45 pessoas, todas focadas em rodadas de vários tipos de jogos, do “resta 1” até os mais elaborados jogos ganhadores de prêmios europeus. Deu tão certo que o evento se tornou bimenstral e o próximo será dia 25.
Entre artes e bate-papo, o cliente pode acessar a internet ou saborear os petiscos do Clube Café. O carro-chefe é o sanduíche aberto, muito popular em Porto Alegre, ou o Sagú com creme de baunilha. “Aqui tudo é muito regional, mas também super democrático”, finalizam.

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