Tudo a boca pequena

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GVM 291 JAN22

Como será nossa vida neste ano que se inicia? Ouço várias opiniões de gente graúda profetizando infinitas dificuldades. Um PIB mixuruca, preço dos alimentos nas alturas e desemprego constante. Por outro lado, nos amigos mais simples, o que vier eu traço, é a regra de sempre. Mas nada é explícito. Não tem debate, enfrentamento ou qualquer coisa do gênero. E isso me causa preocupação. Pois eu sei que a pior coisa do mundo é a sociedade que joga pra baixo do tapete seus conflitos.

Parece que construíram uma cortina fosca onde por traz se desenrola a nossa própria vida. Em que tribuna estão os discursos críticos a essa realidade cotidiana. Onde estão os profetas apontando caminhos para um futuro melhor? Nada acontece. E logo mais ouviremos as clássicas previsões. O orixá regente. A cor dominante e a infalível numerologia. Por sinal, à primeira vista, o número é pobre. Só dois algarismos. O dois e o zero. A soma é seis. 2022 tem três patinhos na lagoa. O que eu quero dizer com isso? Que não entendo nada de numerologia e desconfio que não nos ajuda muito nessa quadra.

Mas adiante a enorme incerteza de termos ou não o carnaval, devido à pandemia e suas múltiplas variantes. Depois da Semana Santa, a copa do mundo e as eleições nacionais. Temos muita coisa pra fazer e estamos calados. Vejam, Tite e Neymar devem ou não permanecer na seleção? Em quem votar? Lula ou Bolsonaro? Eu sei muito bem o que vocês sabem. Mas está tudo à boca pequena e isso não é bom. Um bom ano pra nós todos!

José Luiz de França Penna, Presidente de Honra do, Centro Cultural Vila Madalena

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