Do fax ao pix

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GVM 292, fev22

Independente das costumeiras dificuldades, custo de vida, covid, violência, o mundo caminha a passos largos no campo tecnológico. Assisto todo esse veloz movimento meio atordoado e como se não bastasse, ao chegar em casa, ainda encontro Patrícia cheia de querer que eu entenda de tudo isso e participe. As explicações são intensas. E vai do site a física quântica e fico mais perdido ainda.

Concordo como se tivesse entendido, com medo que a aula se estenda. Sou do tempo do fax que hoje já não existe. Restou apenas “vou passar um fax”, quando se vai ao banheiro para um número dois. Vocês podem estar pensando que sou contra o mundo digital. Não é verdade, sou super a favor e tenho a sorte de ter Patrícia e filhos que trafegam esse novo universo com desenvoltura suprindo minha deficiência anacrônica.

Outro dia meu querido amigo Dr. Celta ao cobrar uma dívida velha do Mineiro, ouviu em resposta um fique tranquilo que vou lhe mandar um pix. Se a modernidade chegou aí, a conclusão é que devo me engajar o mais rápido possível nessa onda. Vovô está on. Mas espero que todos compreendam que a distância do fax ao pix exige um esforço monumental. Estou disposto.

José Luiz de França Penna, presidente de honra do Centro Cultural Vila Madalena

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