ORA, QUATROCENTONA!

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Neste mês de aniversário de São Paulo deixo como presente um poema a esta querida cidade…

Não se faça de despercebida!
Sua garoa não me engana.
Sei que chora pelos maus tratos.
Você sabe exercer o fascínio raro
Seu colorido extravagante é um convite
Para passar contigo a madrugada inteira,
Percorrendo seus becos e muquifos.
Às vezes te xingo: FRIA! , DESUMANA! , TE FALTA VERDE!
Jamais esperança.
Suas praças são tuas orelhas
Que em voz baixa te confesso meus segredos.
Atrás de suas orelhas,
Existe sempre um garoto descalço com rosas nas mãos.
Talvez por ironia ou sutileza,
Sei onde é cheirosa.
Não ligue para o gasômetro, esqueça o Tietê!
Ora, São Paulo!
Deixe de onda
Acenda suas luzes, espalhe os realejos. Solte seus mendigos. Desperte seus boêmios…
Que essa noite será só nossa.

pedrocosta.pira@uol.com.br

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