Dá certo… às vezes

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1987

O ano passado fiz uma incursão no ramo das previsões, mesmo advertindo que de nada sabia do assunto, mas como é próprio deste momento, resolvi chutar somando os números que compunham 2014, que davam sete. Daí fui para as entidades barra pesada, “Seu Sete, Zé Pelintra etc.”, dizendo que o ano seria difícil. Me arrependo tanto e juro que foi apenas uma brincadeira para nos divertir, pois o ano não pôde ser pior. Será que fui o culpado? Fico com esse peso… o fato é que, além das dores pessoais, e tive muitas, o Brasil viveu um inferno sem tamanho. Monstruoso. Petrolão, seca e perda da Copa com sete a um e tudo.

Então mesmo que tivesse indícios de problemas para 2015, eu não diria. Rapidamente liguei para Patricia dizendo que a soma deste ano dava oito, e o que era isso na numerologia? Porque não podia mais cometer qualquer irresponsabilidade com os destinos do País. E ela, muito conhecedora do assunto, disse que é dinheiro e poder, mas, se o oito estiver deitado, é o infinito. Puxa! Então a nossa luta está definida. Esse oito não pode deitar nunca, porque se o que está aí ficar infinitamente, vou contradizer meu saudoso amigo Eduardo Campos e desistir do Brasil.

Nunca tive um viés pessimista, vocês sabem, mas não posso fazer piada com a situação que vivemos. Essa história de sempre ter sido assim não tem graça nenhuma. A fé de que melhores dias virão também não tem muita força. É preciso acertar um cometa que passa velozmente a uma distância anos-luz, como aquele feito recente dos cientistas europeus, para acharmos uma saída desta situação. Vocês dirão que estou descrente. Não, tudo ajuda. Banho de folha. Sacudimento. Orações diversas. E acreditar só na primeira parte da instrução de Patricia sobre o número oito: dinheiro e poder. E é o que desejo a todos para um feliz ano novo. Dá certo… às vezes.

José Luiz de França Penna
Presidente de Honra do Centro Cultural Vila Madalena

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