Você é o que|você come

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Dra. Solange Bezerra

Já é comprovado que certos alimentos que parecem inofensivos podem ser prejudiciais à sua saúde. E não estamos falando de frituras, gordura trans ou outras comidas mais pesadas. Há tipos de alimentos, como ovo, leite, ou glúten, que podem ser um risco para certas pessoas, a famosa intolerância alimentar. E, diferente da alergia, em que a reação é imediata, com a intolerância alimentar os sintomas podem surgir até três dias após a ingestão do alimento, o que torna difícil saber que comida está causando os sintomas.
A Dra. Solange Bezerra trouxe um teste simples para o seu consultório para detectar intolerância a certos alimentos. “O intestino perde a capacidade de filtrar esses alimentos, forma-se uma reação antígeno-anticorpo, ou seja, você cria anticorpos contra aqueles alimentos, gerando doenças”, diz ela. Entre essas doenças, estão doenças auto-imunes, dores de cabeça, sintomas respiratórios, problemas intestinais, dificuldade de perder peso, e muitos outros sintomas.
No teste são averiguados 59 tipos diferentes de alimentos, que vão de leite e carne, até chás, cenoura e alho. “Aqui no Brasil, as alergias mais comuns são ao leite de vaca – cerca de 80% da população na América do Sul tem alergia a leite de vaca. E o que dá mais alergia não é a lactose, é a proteína do leite”. Outros alimentos comuns na intolerância são o trigo, o glúten, milho, ovo e amendoim.
O teste em si é muito simples. No consultório é coletado um pouco de sangue com um furo no dedo, e após cinco dias o laboratório envia os resultados. O exame é feito com reação por cor. Quanto mais forte o tom de azul no exame, maior a intolerância. Quando está em nível alto, é aconselhado suspender completamente o alimento por nove meses a um ano. Tons médios, o aconselhável é diminuir a ingestão, e tons claros, observar o consumo. “Mas já está desenvolvendo uma intolerância, então é bom você não comer muito”, ela alerta.
Claro que o resultado deste teste não pretende substituir um diagnóstico médico mais complexo, mas seu resultado serve para um melhor gerenciamento de sua dieta alimentar. “Fazemos uma orientação alimentar com o que é bom para comer e o que não é”, completa.
E a doutora conta muitos casos de sucesso. “Um paciente tinha eczema e é cirurgião e perdia as cirurgias por causa desse problema. Ele descobriu intolerância à cebola, faz três meses que ele não come mais cebola e nunca mais teve uma crise. Uma outra paciente tinha dor abdominal e tinha feito vários exames e não descobria nada. Até que ela fez o exame e deu intolerância à azeitona, que ela comia muito. A gente tirou a azeitona e ela não teve mais dor”. Um teste simples que pode ajudar muito a melhorar sua qualidade de vida.

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