Mãe de sorte

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Em Vera Cruz, a 428 km de São Paulo, um resgate mobilizou policiais, funcionários da prefeitura do município, vários habitantes e dois garotos – um de dez e outro de doze anos – que se ofereceram para ajudar.
Nem toda mãe de rua tem a sorte de ser salva. A maioria morre à míngua com seus filhos, sem socorro, ignorada por todos. Com Natália foi diferente. Num bueiro de difícil acesso ela pariu sete cãezinhos. Seis deles foram encontrados numa operação que durou três dias, quando placas de concreto foram retiradas até o fundo do bueiro. Mas Natália continuava agitada. Um cinegrafista que filmava o local ouviu ruídos e o segundo garoto conseguiu chegar até o final do buraco e de lá retirar o sétimo filhote. Já era o dia 30 de junho, um domingo. Desde a quinta-feira as pessoas vinham se mobilizando para salvar a ninhada que, com a mãe Natália, conhecida na região central de Vera Cruz, agora está abrigada nos fundos de um restaurante.
Casos de ninhadas ignoradas, mortas de fome, atropelamento ou atos cruéis repetem-se infinitamente todos os dias, sem que as pessoas se dêem conta. Por isso jamais cansaremos de recomendar a esterilização. Existe um enorme contingente de animais urbanos para poucos donos realmente cuidadosos. Exterminá-los não é procedimento digno da raça humana. Evitar o nascimento de tantos indesejados é que merece o nome de humanitarismo. E isso vale tanto para os animais como para seres humanos. Não é apenas uma atitude humanitária. Mas também cristã.

Redes de proteção

Só de raspão, na edição passada, falei no truque das redes de proteção. O preço médio é de R$19,00 o metro quadrado colocado. Por indicação de uma amiga telefonei para um grupo (que consta da lista telefônica) que anuncia fazer o mesmo por R$12,50. Vieram fazer pra mim o orçamento para instalação da rede no gatil. O orçamentista media e fazia contas na máquina de calcular, sem que eu pudesse ver. Sairia por R$ 480,00, pagamento em duas parcelas e a construção da porta por minha conta. Depois que ele saiu, medi a área a ser protegida. Mesmo contando a perda de parte da rede que acompanharia a caída do telhado daria 23,15m2. Fiz a conta: R$289,37. Com a onda de frio que veio logo depois, vi que os gatinhos mereciam algo mais abrigado. Como só vou residir um ano aqui, comprei 4 placas de madeirite de 2,20mx1,10m deixei um vão entre colunas pra ventilação, luz e vista pra fora. Neste e nos vãos do alto, entre as bordas das placas e a caída do telhado, fechei com tela de nylon mesmo e pequenos pregos nos sarrafos, prendendo-a. Com um ajudante, tinta da cor das paredes para as placas de madeira, e parafusos pra fixá-las entre as colunas e no chão, o custo não atingiu R$250,00. Os gatinhos gostaram do ambiente que conta com prateleiras pra subir, descer, e caixas pra dormir. O ex-salão de festas externo virou um belo e confortável gatil.
Pra você que tem gatos e quer e/ou precisa protegê-los de fugas provocadas por mudança de casa, vai a dica. Os gatos, muitas vezes, saem da casa nova para procurar a antiga, acabando por se perderem. E não caia na conversa de orçamentista: nem de redes de proteção nem de empresas de mudanças.
Aproveito a deixa pra fazer uma “errata” sobre a matéria publicada só na revista, mês passado: a empresa de mudanças que me prestou um serviço de péssima qualidade tem o nome de Mudanças Lourenço (e não São Lourenço). Evite contratá-la, principalmente para mudança em dia de domingo, quando a embalagem de seus bens seria feita por motoristas despreparados para tal serviço.

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