Futebol promove inclusão

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Quem passa pela praça José Carlos Burle, ao lado da Escola Estadual Olavo Pezzotti, pode ver grupos de meninos jogando futebol. O que nem todos sabem é que eles fazem parte da Associação Expedição Mochila, uma ONG que tem como objetivo evangelizar as crianças por meio de ferramentas lúdicas, como o futebol.
Há quatro anos desenvolvendo este trabalho, Ricardo Silva, mais conhecido como Rato, conta que tudo começou na favela que existia na rua Natingui. O Morrão Futsal é um dos projetos da Associação. “A ONG tem duas pernas. Uma é o trabalho direto com as crianças e o outro é de treinamento em recreação, para os adultos que querem começar alguma coisa. Isso sem cobrar nada. O curso inclui o aprendizado em recreação e o aprendizado para ministrar para outras pessoas”. Rato diz ainda que a Associação tem outro projeto na Bolívia, onde ajudam as comunidades carentes a desenvolver este mesmo tipo de atividade de recreação. Temos também no interior de São Paulo, em Campinas, Bauru e Jundiaí”.
A escolha do futebol foi bem democrática. “O Morrão é um caso específico porque resolvemos perguntar o que as crianças queriam. Isso é a base do nosso trabalho. Tem quem vá fazer alguma coisa para crianças carentes e acha que elas aceitarão qualquer coisa. Perguntamos o que eles queriam e eles disseram que era o futebol. O futebol acaba sendo uma ferramenta bem eficiente. Basta levar a bola e alguns equipamentos e está montada a escolinha. E utilizando um espaço público”, avalia Rato.
Atualmente, 50 crianças participam do Morrão. “Temos ainda dois professores de educação física, mais dois voluntários que são garotos que começara jogando conosco e estão começando a cuidar do projeto. E eu coordeno, ajudo um pouco nas aulas”.
Para participar basta chegar lá e começar a jogar. O aluno vai receber uma ficha de inscrição, e não paga nada por isso. As aulas são as segunda, quartas e sextas-feiras, das 16 às 19h40, e são divididas por faixa etária.
Rato lembra que a Associação se mantém através de doações. “E os amigos também ajudam. Deixei minha empresa para me dedicar à ONG. Vamos nos cadastrar na prefeitura e tentar convênios com o governo”. Ele diz ainda que estão precisando de voluntário para fazer serviços de escritório e de patrocinadores da Vila Madalena. “100% das doações serão para as crianças”, completa.

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