Feijoada baiana

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As comidas baianas tinham lugar de destaque nos livros de Jorge Amado, como é o caso de Gabriela, Mar Morto, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Tenda dos Milagres, Tocaia Grande. E essas obras têm uma coisa em comum: a presença da feijoada. Vadinho freqüentava a feijoada dominical de D. Agnela, com ou sem Dona Flor. Também aos domingos é a feijoada de Tocaia Grande. O casamento de Guma e Lívia é festejado com feijoada feita pelo velho Francisco, tio de Guma. Feijoada é também comida apreciada por santo de candomblé: Ogum é doido por feijoada.
Pouco conhecida no sul e sudeste, o Genial, na Vila Madalena, lança a Feijoada Baiana com receita “emprestada” da família Amado. Elenice Altman, responsável pela comida do bar (e também do Filial e do Genésio), conta que foi em uma viagem pela Bahia que conheceu a tradicional feijoada. “As pessoas por lá tem o hábito de comer feijoada e ela é o prato principal em várias ocasiões”. Segundo Elenice, no lugar do tradicional feijão preto, essa iguaria usa feijão mulatinho (muito comum no Nordeste), carnes frescas de vaca (diferença fundamental em relação à feijoada tradicional) além de carne-seca, lombinho, costelinha defumada, lingüiças, paio e alguns temperos especiais, como a hortelã. “Pode-se dizer que é uma feijoada light já que não leva carnes gordurosas. A hortelã, utilizada para temperar, também alivia o peso da feijoada”, diz. Para acompanhar, apenas arroz branco, farofa de manteiga e vinagrete de cebola.
 Exclusivo no cardápio do Genial, a Feijoada Baiana é um prato extremamente saboroso. Elenice acrescenta que o prato foi adaptado ao gosto do paulistano, que não tem o hábito de comer comidas temperadas com cominho e coentro, por exemplo. “A idéia foi trazer um pouco da cultura baiana para São Paulo”, observa.
A Feijoada Baiana é servida aos sábados e domingos no Genial. Que tal saborear um prato diferente?

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