Esterilização gratuita

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Em agosto começam os mutirões de esterilização de cães e gatos nas Subprefeituras, sem custos para a população – o cadastramento privilegiará animais de proprietários de baixa renda. Os mutirões devem começar em agosto. Inicialmente, 500 animais serão esterilizados numa subprefeitura, e na seqüência, semanalmente, as outras abrem espaço para esse trabalho inédito no Brasil.
A medida ficou acertada durante encontro realizado na Câmara Municipal, com a participação de mais de 20 subprefeitos, o secretário da Coordenação das Subprefeituras, Walter Feldman, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Roberto Tripoli, representantes da Secretaria da Saúde e do Movimento de Proteção e Defesa animal.
O trabalho será desenvolvido inicialmente pelas ONGs que já mantêm convênio com a prefeitura para esterilizar animais, sendo ampliado na sequência. Os subprefeitos, inclusive, receberam uma verdadeira aula da diretora do CCZ (Centro de Controle de Zoonozes), Luciana Hardt Gomes, sobre superpopulação de cães e gatos, os gastos do Poder Público com o trabalho de captura-manutenção-eutanásia e cremação dos cadáveres. Além do perigo da leptospirose transmitida pelos ratos. Ela expôs todos os dados referentes à superpopulação de animais domésticos na cidade e o drama do abandono. Cada animal irresponsavelmente abandonado pela população e capturado pelo CCZ, se não consegue um novo dono, acaba sacrificado a um custo de R$ 130,00. Por outro lado, cada esterilização custa, em média, R$ 31,80.
As ONGs em São Paulo já fazem esterilização de cães e gatos a baixo custo para a população, mas o trabalho precisava ser ampliado para todas as regiões da cidade, o que se tornou possível quando Tripoli manteve gestões junto de José Serra, no início do mandato do prefeito. A partir do sinal verde de Serra, os subprefeitos aderiram, bem como a Secretaria da Saúde, através de sua Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).  Tripoli, autor da Lei da Propriedade Responsável de Cães e Gatos, considera fundamental essa ampliação do trabalho de esterilização, lembrando que “finalmente cada região da cidade estará envolvida, o Poder local – que é a subprefeitura – também. E com isso, escolas, associações de bairro, a população, estarão todos mobilizados para enfrentarmos de vez esse grave problema. Avançamos muito na época em que Eduardo Jorge era Secretário (de Marta), mas depois tudo regrediu”. Acrescenta que “está mais do que provado que capturar e matar não resolve. É um gasto inútil e, além do mais, matar não cabe mais em pleno século XXI. Temos que ter respeito pela vida e, nesse sentido, devemos também educar a população para a propriedade responsável, visando reduzir o abandono”.
O Município sacrificou quase 1 milhão e 100 mil animais em 20 anos, e calcula que agora existam um milhão e meio de animais em São Paulo. A OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza a esterilização de animais domésticos, apontando-o como o único método eficaz para resolver o problema da superpopulação animal. O que já é feito há muitos anos nos países mais desenvolvidos.
No encontro realizado na Câmara também foi acertado que as subprefeituras se envolverão num Programa de Controle de Roedores, que vai além da distribuição de veneno contra ratos pela cidade e do atendimento localizado de denúncias. Será um trabalho permanente, contínuo, com o comprometimento de todas as subprefeituras.

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