Escrito nas estrelas meteóricas

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É verdade que tudo muda. Às vezes, com alguma pressa, em outras com muita lentidão. Com a quilometragem que tenho, me fascinam o crescimento das crianças e as múltiplas transformações. A chegada à adolescência, a busca da maturidade, etc. Também o desenvolvimento natural das plantas e animais. Você observar tudo isso é, de longe, a maior fonte de prazer. Digamos que esse seja o lado positivo do eterno movimento.
Alguém me sugere que o próprio movimento do planeta fazendo dias e noites, a lua e as estrelas com as suas configurações celestes, o que por sinal, segundo a astróloga Luna, a partir desse dia trinta e um de agosto, às dezenove horas e cinqüenta e oito minutos, entraremos numa fase extremamente positiva (Deus lhe ouça!), acho que tudo bem, mas é tão distante que não tem o mesmo impacto. Como tudo na vida, existem também, os movimentos não muito agradáveis. Principalmente os produzidos pela idade avançada nos seres humanos. Encontrar o Mineiro tomando cerveja sem álcool e saindo de um exame de próstata, não pode ser um sinal animador. E algumas amigas, outrora tão naturebas, falando com naturalidade da necessidade de uma lipo, de um estica aqui, suspende ali, evidente que não têm minha reprovação, mas não deixa de ser uma luta contra o famigerado tempo.
Esses dias, de umidade relativa do ar próximo ao deserto do Saara, devido a ação bestial do desmatamento na nossa região metropolitana, acontecem coisas malucas. Aqui, na antiga terra da garoa, nós estamos sendo pasteurizados. Saímos do calor de um microondas para um freezer. Repentinamente, ao entardecer a temperatura desaba. Edmundo tenta me convencer da normalidade da mudança térmica. Reajo dizendo que só se estiver escrito nas estrelas meteóricas.

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