Creche pede ajuda

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Poucas pessoas sabem que uma pequena casa de muro branco, em frente ao posto de saúde, na rua Purpurina, abriga uma creche que atende, gratuitamente, 80 crianças, entre 2 e 6 anos de idade. Quase imperceptível aos olhos da comunidade, a creche Santa Ana é alvo constante de vândalos e ladrões.
Há 14 anos na região, a creche tem a Associação Pró-Artesanato (APAR) como entidade mantenedora e conta com o apoio da Fundação Ação Criança, além de contribuições voluntárias e esporádicas da sociedade. As crianças assistidas são, em sua maioria, filhas de empregadas domésticas que trabalham na região da Vila Madalena. De segunda a sexta, das 7 às 17h, elas recebem cinco refeições diárias, acompanhamento pedagógico, fonoaudiológico, psicológico e odontológico, além de participarem de atividades nas áreas de educação e desenvolvimento, como oficinas de contos.
Infelizmente, a importância deste serviço à população carente tem sido ignorada. Segundo a diretora da creche, Dolores Malzoni, a casa já sofreu quatro arrombamentos. No primeiro, há cerca de três anos, todos os equipamentos eletrônicos (TV, vídeo cassete, aparelho de som, rádio), conquistados graças à campanha de arrecadação de latas de alumínio promovida pelo Projeto Latasa, foram roubados. Tempos depois, um aparelho de karaokê, ainda embalado na caixa, também foi levado durante um assalto. Na terceira vez, os bandidos levaram alimentos e o rádio que havia sido reposto. Neste quarto e último assalto, na madrugada do dia 23 de agosto, já sem muito o que roubar, os assaltantes levaram o que restou: cobertores, panelas, liquidificador, batedeira e 200 reais do caixa, destinados a compra de pães para o café da manhã das crianças e ao vale transporte dos funcionários. “Os ladrões entraram pelo portão da frente, estouraram o cadeado e serraram a grade da janela”, comenta, lamentando o prejuízo. “As maiores prejudicadas foram as mães que perderam três dias de trabalho por não terem condições de deixar os filhos na creche. Não tínhamos como fazer comida para as crianças”.
Funcionando precariamente, a creche Santa Rita voltou a atender as 80 crianças, mas faz um apelo à comunidade: “Estamos abertos a doações de alimentos, cobertores, utensílios de cozinha, materiais escolares e em dinheiro, pois temos muitas despesas com a manutenção do imóvel”. Quem puder colaborar, basta entrar em contato diretamente com a creche.

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