Combatendo o HPV

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Uma boa notícia na luta contra o vírus papiloma humano, HPV, está agitando a comunidade médica: em breve, estará disponível no mercado uma vacina contra a contaminação pelo vírus, cujas pesquisas demonstram que sua taxa de eficácia chega a 90%.
Para se ter uma idéia do quanto a vacina será benéfica, vale lembrar que o HPV é o vírus sexualmente transmissível que mais afeta as mulheres. Sua relação com o câncer de colo de útero é direta, sendo o segundo tipo de tumor maligno que mais mata e o mais comum entre as brasileiras, principalmente aquelas na faixa de 30 a 40 anos.
Fabricada pelo laboratório Merck Sharpe & Dohme, a vacina deve chegar ao Brasil em meados de 2006. Segundo o ginecologista Valter Constantino, há mais de 120 subtipos de HPV, porém, apenas quatro são os mais perigosos. Os subtipos 16 e 18 são os principais causadores de câncer de colo de útero. Já o 6 e o 11 são os responsáveis pelas verrugas genitais, lesões que podem levar a disfunções sexuais e até a um tumor maligno. É contra esses subtipos que a vacina oferece proteção.
“Mesmo depois de contraído o vírus, as mulheres podem desenvolver infecção ou um quadro clínico bem tardiamente. Depende de como ela está imunologicamente”, avisa o médico, que além do consultório na Vila Madalena, atende no Hospital do Tatuapé. Ele lembra que o número de casos de câncer de colo de útero têm aumentado, principalmente quando se verifica os dados da saúde pública. A melhor maneira de prevenir o HPV ainda é o exame papanicolau, que identifica alterações celulares no cólo do útero.
Quanto à vacina, chamada por enquanto de Gardasil, ainda está em fase de teste. Ela é produzida a partir de uma proteína encontrada na superfície do vírus e sintetizada em laboratório. Injetada no paciente, estimula a produção pelo organismo de anticorpos específicos contra o HPV. Quando ocorrer o real ataque dos vírus, os anticorpos estarão prontos para impedir a sua entrada nas células. “Eu acredito que será muito bom termos essa vacina porque irá prevenir bastante os casos de câncer de colo”, completa Valter.

Fonte: Revista Veja

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